Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Article in Portuguese | LILACS, BDENF, COLNAL | ID: biblio-1343498

ABSTRACT

O vírus SARS-CoV-2 foi detectado na cidade de Wuhan, na China, no final de 20191. Desde então, a alta transmissibilidade deste novo coronavirus e a elevada morbimortalidade relacionada à COVID-19, a infecção viral causada pelo SARS-CoV-2, cresceu exponencialmente em todo o planeta, culminando, primeiramente, em uma emergência de saúde pública de importância internacional e, logo em seguida, em uma grave pandemia2,3. A transmissão do vírus ocorre tanto por vias respiratórias quanto extrarrespiratórias e durante o período de desenvolvimento da COVID-19 no organismo humano a apresentação clínica inclui sintomas relacionados a alterações no olfato, paladar e complicações gastrointestinais, além do acometimento de forma mais acentuada do sistema respiratório.4 Em consequência dos sintomas da COVID-19, muitos pacientes precisam ser internados e, em alguns casos, são submetidos a procedimentos invasivos para garantir a condição fisiológica básica para a manutenção da vida. Durante o período de internação os pacientes desenvolvem condição clínica com debilitação fisiológica e a aptidão física geral reduz sensivelmente.5 Ao receber alta hospitalar, muitos desses pacientes precisam de tratamentos voltados à recuperação da condição física debilitada pela ação da doença.6 A Secretaria Municipal de Saúde Pública (SESAU) de Campo Grande/MS, na Região Centro-Oeste do Brasil, se mostrou atenta a esta demanda. O Serviço de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DANT), juntamente com a Coordenadoria de Atenção Especializada, estruturou no Sistema Único de Saúde (SUS) um serviço de reabilitação funcional destinado às pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, que estiveram internadas por infecção pelo SARS-CoV-2 e precisam de atenção especializada para restabelecer a capacidade de trabalho e de realização das atividades da vida diária. O atendimento é realizado na Unidade Especializada de Reabilitação e Diagnóstico (UERD), que faz parte da Rede Municipal de Saúde (REMUS). Um projeto de reabilitação funcional foi elaborado pela equipe técnica da SESAU, para ser desenvolvido por meio de uma equipe multiprofissional formada por fisioterapeuta, profissional de educação física, nutricionista e psicólogo. As intervenções são realizadas com o uso de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), seguindo critérios de inclusão e exclusão pré-estabelecidos7, para pacientes com doenças crônicas não transmissíveis, em condição de pós-internação decorrente de COVID-19. O encaminhamento dos pacientes, vindos dos demais pontos da REMUS, é realizado por médicos dos três níveis de atenção à saúde (primária, secundário e terciário), via Sistema de Regulação (SISREG). Foi estabelecido um fluxo para as intervenções, sendo que no primeiro atendimento cada paciente passa por um acolhimento dado pela equipe multiprofissional (fisioterapeuta, profissional de educação física, nutricionista e psicólogo) em uma consulta compartilhada. Nesta etapa a equipe faz uma triagem e identifica a condição clínica da pessoa atendida. Posteriormente, os profissionais constroem, de forma coletiva, um PTS. Nos dias subsequentes, o paciente é contatado para iniciar o tratamento de reabilitação, por meio de agendamento nos dias e horários em que haja compatibilidade entre as vagas ofertadas e a disponibilidade do paciente. O protocolo do PTS consiste de intervenções com frequência de duas vezes por semana, com alternância entre os profissionais que desenvolvem as atividades. Os pacientes são atendidos, inicialmente, com um total de 10 sessões de 40 a 60 minutos cada, durante cinco semanas. Se a equipe identificar que há indicação de continuidade do tratamento, o paciente pode ser mantido no programa por mais sessões, com avaliação caso a caso. O processo de alta do paciente ocorre quando são finalizadas as sessões do PTS. Esse processo é caracterizado pelas orientações ao paciente e sua família/cuidador, com encaminhamento profissional para a contrarreferência da unidade de saúde à qual o paciente está vinculado na atenção primária, por meio de relatório de alta, com informações referentes ao tratamento e orientações, visando a integralidade do cuidado. Com isso, a atenção primária dará prosseguimento do cuidado em saúde ao usuário em seu território de abrangência. O programa de reabilitação funcional prevê uma abordagem multiprofissional, com longitudinalidade do cuidado e respeito às singularidades de cada paciente. Os propósitos são aliviar os efeitos das disfunções musculares e respiratórias, mitigar os danos do imobilismo após longo período de internação hospitalar, além de atenuar as sequelas psicológicas e necessidades nutricionais. Para obter a almejada melhora da saúde geral e da qualidade de vida das pessoas atendidas, cada área profissional envolvida no PTS intervém da seguinte forma: A Fisioterapia atua em duas vertentes: a) fisioterapia respiratória, com o objetivo de aumentar a capacidade pulmonar e recuperar disfunções referentes ao processo de respiração; b) fisioterapia motora, com o objetivo de corrigir e restabelecer as condições físicas do paciente. A abordagem do profissional de Educação Física é voltada à melhora dos componentes cardiorrespiratório e neuromuscular, visando a promoção da autonomia funcional, o controle dos fatores de risco para comorbidades, correção postural e manutenção do peso ideal. O atendimento inclui o treinamento aeróbio, o treinamento resistido, ações de educação em saúde, além de incentivo à continuidade da prática de atividades físicas após o término das sessões do PTS, para manutenção e ampliação dos ganhos obtidos. A Nutrição atua com o propósito de manutenção do bom estado do sistema imunológico dos pacientes e, para isso, realiza avaliação nutricional e orientações ligadas à promoção de uma alimentação saudável. A Psicologia disponibiliza suporte psicológico, com oferecimento de um espaço para que o paciente compartilhe seus sentimentos e necessidades, buscando a auto segurança. Com isso, objetiva-se minimizar o trauma psicológico decorrentes do período de internação, que pode ter gerado reações emocionais como medo, angústia, ansiedade e tristeza. O conjunto de intervenções propostas representa uma readequação do serviço de saúde, em função da demanda oriunda da pandemia de COVID-19. Para isso, são necessárias estratégias capazes de proporcionar recuperação físico-funcional e reintegração social dos indivíduos infectados pelo vírus SARS-CoV-2, uma vez que essa infecção pode prejudicar a capacidade de realizar atividades da vida diária e a funcionalidade dos indivíduos que passaram por internação hospitalar, além de alterar o desempenho profissional e dificultar a interação social, com possibilidade de aumento de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis.8 Nesse sentido, o PTS realizado por uma equipe multiprofissional, como no programa relatado, é um dispositivo de cuidado que visa a resolutividade dos casos complexos por meio da corresponsabilização e utilização dos recursos de todos os envolvidos, por meio do desenvolvimento de ações terapêuticas a partir de uma reflexão sistematizada. Para isso, o PTS deve ser abordado em duas perspectivas, uma delas centrada na clínica ampliada e outra na recuperação da autonomia da vida afetiva do sujeito, tal como preconizado no SUS.9 Em ambas as perspectivas sempre são considerados o sujeito, as equipes de saúde, o território e a família onde o PTS é desenvolvido.10 A utilização do PTS no âmbito da saúde pública melhora não só o processo de trabalho como o vínculo entre todos os envolvidos ­ profissionais de saúde e pacientes, potencializando assim a assistência integral à saúde na produção do cuidado, em função da troca de saberes no âmbito multiprofissional.11-13 Nota-se, portanto, que o processo de tratamento dos pacientes com COVID-19 é fundamental não apenas durante a fase hospitalar, mas também após alta melhorada. Dentre as estratégias disponíveis para atender os pacientes na rede pública de saúde, o desenvolvimento de programas de reabilitação funcional, por meio de PTS e intervenções multiprofissionais, pode garantir a continuidade do acompanhamento, promovendo a recuperação de implicações provocadas pela doença, proporcionando mais qualidade de vida às pessoas no período pós-internação.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Patients , Rehabilitation , COVID-19
2.
Rev. bras. ciênc. vet ; 17(2): 55-58, 20100000.
Article in Portuguese | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1491418

ABSTRACT

A criação de novilhas tem contribuição relevante no custo total de produção de leite e as técnicas de manejo nela adotadaspodem interferir na expressão dos parâmetros produtivos e reprodutivos do animal. Objetivou-se neste trabalho estabelecerrelações entre taxa de ganho de peso de novilhas pré-púberes, idade ao primeiro parto e produção de leite na primeiralactação. Na primeira fase do estudo foram avaliados o crescimento de 84 fêmeas bovinas da raça Holandesa PO dos 6 aos12 meses, pertencentes a duas propriedades. Na segunda fase, avaliou-se a idade ao parto e a produção de leite na 1ªlactação. Os animais foram pesados a cada 30 dias dos 6 aos 12 meses e registrou-se também a idade ao primeiro parto.Após o parto era feito o registro diário da produção de leite. De acordo com o ganho de peso dos 6 aos 12 meses os animaisforam então alocados em três grupos (tratamentos): T1 (n=28) GMD menor que 0,70 kg/dia; T2 (n=28) GMD entre 0,701 e0,80 kg/dia e T3 (n=28) GMD superiores a 0,801 kg/dia. Dos seis meses ao parto o manejo adotado nas propriedades erasemelhante. Entretanto, na fase de lactação os animais da fazenda 1 recebiam menor teor de concentrado na dieta total. Osdados foram submetidos à análise de variância, utilizando-se o programa estatístico SAS (2007) sendo as médias testadaspelo procedimento GLM do SAS. Não foi verificado efeito do ganho médio diário das novilhas sobre a produção de leitecorrigido para 305 dias; entretanto, verificou-se efeito sobre idade ao primeiro parto. Devido ao manejo diferente adotado naspropriedades, na fase de lactação, e também à genética verificou-se efeito de fazenda sobre a produção de leite. O elevadodesempenho animal durante a fase de recria pode ser responsável pela redução na idade ao primeiro parto sem, portanto,afetar a produção futura de leite


The heifers raising has an important contribution in the total cost of milk production and management techniques adopted and can interfere with the expression of the productive and reproductive parameters of the animal. The objective of this work was to avaliate the correlations among the weight gain rate of heifers in pre-puberty, age at first birth and milk production in the first lactation. In the first phase of the study they were evaluated growth of 84 Holstein heifers from 6 to 12 months belonging to two farms. In the second phase, it was evaluated the age at first calving and milk production in the first lactation. The animals were weighed every 30 days from 6 to 12 months being registered the age at first calving. After the calving it was made the record of milk production daily. According to the weight gain from 6 to 12 months the animals were then allocated into three groups (treatments): T1 (n=28)- ADG of less than 0.70 kg/day; T2 (n=28)- ADG between 0.701 and 0.80 kg/day and T3 (n=28) - ADG more than 0.801 kg/day. From six month age until the calving the management adopted was similar between farms; however in farm 1 the lactating animals received a smaller amount of concentrate in diet. The data were submitted to the analysis of variance, using the statistical program SAS (2007) and the means were tested by the GLM procedure of the SAS program. There was no effect of treatment on milk production corrected to 305 days; however, there was effect of treatment on age at first birth. Due to management adopted in different properties at the stage of lactation, and also due to the genetic there was effect of farm in milk production. The high animal performance during the growth phase may be responsible for reducing the age at birth without therefore affecting the future milk production compared with the moderate growth.


Subject(s)
Female , Animals , Infant, Newborn , Infant , Cattle , Cattle/growth & development , Cattle/metabolism , Milk/physiology , Milk/metabolism , Specimen Handling/veterinary
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL